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Mapa estratégico pessoal: onde você quer estar daqui a 3 anos?

O artigo aborda um tema recorrente: Planejamento de Carreira. Nele o autor propõe um modelo de planejamento estratégico de carreira baseado no Balanced Scorecard (BSC)

Na condução dos nossos projetos sempre estamos preocupados em fazer um planejamento assertivo, com escopo bem definido e cronograma o mais realista possível. Porém, infelizmente muitos profissionais, inclusive da área de gerenciamento de projetos, não têm o costume de planejar suas carreiras. Já está provado que profissionais que desenvolvem esse planejamento e estabelecem metas a médio e longo prazo têm mais chances de alcançar seus objetivos. Você alguma vez já se olhou no espelho e se perguntou: "onde quero estar daqui a 3 anos", por exemplo?

Pois bem, em 2012 eu me fiz essa pergunta. "Onde quero estar em 2015?". Nesse mesmo ano participei de uma reunião de Planejamento Estratégico na empresa em que trabalhava, onde foi utilizado BSC (Balanced Scorecard) e achei que seria interessante aproveitar a mesma estrutura para montar um Mapa Estratégico Pessoal, adequando às 4 perspectivas utilizadas no BSC com questionamentos referentes a ações necessárias para que se atinja o objetivo principal. Obviamente tive que alterar todos os pontos da estrutura do BSC para que pudesse adequar à minha realidade. Também busquei elementos do Business Model Canvas para formatar os questionamentos. Com isso, troquei as perspectivas (Financeira, Cliente, Processos Internos e Aprendizado) pelos seguintes questionamentos (O que preciso fazer? / Quem pode me ajudar? / Qual minha proposição de valor? / Quais os resultados esperados?).

O interessante de montar esse tipo de mapa é que você quantificar (tornar tangível) as suas metas. Não é apenas um amontoado de ações dispersas, são ações que tem prazo para serem concluídas, custos desprendidos e percentual de evolução para monitoramento das metas. Portanto queria compartilhar com vocês essa ferramenta que, para mim, tem sido de grande valia. Você pode estrutura-la da forma que achar melhor, porém, no final desse artigo disponibilizei um link para você baixar o template que desenvolvi e uso nos meus mapas. Bem, entendido o conceito, resolvi montar um mapa hipotético para servir como exemplo. Como sou da área de gerenciamento de projetos, puxei um pouco a sardinha pro meu lado e fiz um Mapa Estratégico Pessoal com o objetivo de, em 2019, ser Líder de PMO de uma multinacional. Para ficar mais simples, dividir a explicação em 5 passos. São eles:

Passo 1: Você pode montar seu Mapa Estratégico Pessoal utilizando uma simples planilha do Excel. A primeira coisa que você deve fazer é definir Missão, Valores e Visão referentes ao seu objetivo profissional, bem como o intervalo de tempo que irá decompor suas ações, conforme exemplo abaixo:

Passo 2: O primeiro questionamento (perspectiva) em que você precisará alocar ações é "O que preciso fazer?". Nesse questionamento coloque, em cada linha, o que você acredita ser necessário, em termos de conhecimento e relacionamento, para atingir o objetivo proposto (é de vital importância que você tenha conhecimento do caminho para atingir suas metas). Ao lado deve haver uma coluna chamada Contribuição onde você deve avaliar o percentual de colaboração de cada ação para o objetivo final. Além disso, há colunas com metas para os anos apontados entre o planejamento e o objetivo. Você deve preencher nas colunas das metas o percentual de conclusão de cada ação no tempo (ver figura abaixo).

OBS: Note que algumas ações tem ligações, ou de dependência ou de consequência. Elas estão ligadas por setas.

Passo 3: A segunda diz respeito a Quem pode me ajudar? Alguém já te falou que, no mundo corporativo, networking é tudo? Pois bem, no nosso mapa ele é uma chave importante e deve ser levado em consideração. Elenque pessoas, empresas, ONGs ou qualquer outro "ator" que possa te ajudar com indicações, um cafezinho com profissionais daquela empresa que você sonha em trabalhar, alguém que te chame pra um almoço com profissionais de empresas alinhadas ao seu objetivo principal ou até mesmo endorsements e recomendações por escrito no LinkedIn.

Passo 4: Qual minha proposição de valor? O que eu tenho a oferecer hoje ou possa vir a oferecer daqui há um tempo, que contribua para dar embasamento ao meu objetivo principal? Se é um cargo de gestão, por exemplo, você pode elencar habilidades humanas, tais como: inteligência emocional, facilidade de trabalho em equipe, bom relacionamento interpessoal. Se for na área de vendas, você pode elencar sua carta de clientes, leads, contatos-chave com fornecedores, etc. Não esqueça de imputar a contribuição de cada ação no objetivo final.

Passo 5: Qual o retorno você espera ter caso consiga alcançar o seu objetivo. Esse retorno pode ser de ordem financeira ou até mesmo do grau de independência e voz ativa que você espera ter. Os resultados não contribuem com o objetivo, porém é necessário que você atualize posteriormente o percentual atingido de cada resultado elencado.

Para finalizar, eu aconselho que você imprima esse mapa e coloque em um local onde você não o perca de vista. Eu, particularmente, colei meu mapa na porta do meu guarda-roupas. Pode parecer paranoia, mas um sonho precisa ser levado a sério todos os dias se você realmente quer torna-lo realidade. Não custa dizer que, para que você consiga obter o melhor dessa ferramenta, é extremamente importante que você leve esse mapa a sério. As vezes, por força do hábito, nós montamos um plano e o esquecemos em qualquer canto, caindo no esquecimento. Claro que não vou revelar o que tem no meu mapa atual nem o que tinha no meu primeiro mapa, porém posso afirmar que consegui alcançar meu objetivo principal traçado em 2012.

Se você preferir, baixe aqui o template que eu utilizo na montagem dos meus mapas estratégicos. Caso queira montar o seu, fique à vontade. Não importa o layout que você utiliza, o que importa é quão bem você define as ações, mensura as metas e age efetivamente para cumpri-las.

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